sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DESARME-SE!

DESARME-SE!
Merlânio Maia

Desarme-se companheiro!

Há violência demais
Arma gera insegurança
Entregue-a, siga em paz!
A arma e a paz social
É união irracional
Pois este torpe artefato
Forja a dor, produz a morte
E foi não foi, tira a sorte
Daquele mais insensato

Desarme-se meu amigo!
Esta carga é tão pesada
Representa tal perigo
Que não raro na calada
Arma as mãos da delinqüência
Empurrando a violência
Pra minha casa, pra sua
Fazendo a sociedade
Do campo e da cidade
Viver a guerra mais crua

Desarme-se cidadão!
Quem da arma é portador
Vive uma grande ilusão
Presa do medo e furor
E sem razão muitas vezes
Na ira cria os revezes
Buscando nela a saída
E na fração dum momento
Débil, faz-se violento,
Destruindo tanta vida

Quantos suicídios de jovens
Usando as armas do pai
Acidentes com crianças
Que o cruel brinquedo atrai
Casais que na discussão
Perdem a vida e a razão
Deixando os filhos sem norte
Tal número tem aumentado,

E aos de guerra superado

Na fácies negra da morte

Desarme-se há tanta dor
No remorso, na tristeza...
Mesmo de quem já matou
Em legítima defesa
Cobrado na consciência
Pelo rugir da violência
Do artefato voraz
Que gerou insegurança,
Temor e desconfiança
Deixando a falta da paz

Construamos a consciência
De uma vida cidadã
Dando exemplo, agregando
Gerindo para o amanhã
Cobrando dos governantes
Posturas mais relevantes
Com uma atitude tenaz
Nos eventos positivos
Sem omissão, sempre ativos,
Pra ver este mundo em paz!

Desarmemos os espíritos
Pra que aumente a ternura
Pois não há felicidade
Onde se acaba a candura
Sejamos mais solidários
Generosos, voluntários
Desnudos de preconceito
De sentimento fecundo
Pra que haja a paz no mundo
E amor no nosso peito

Desarmemo-nos, irmão!
Eduquemo-nos bem mais
Pra que um dia nossos filhos
Frutos de sãos ideais
Vislumbrem a paz na Terra
Já sem violência, sem guerra...
Desfrutem da nova aurora
Reconstruindo a sociedade
De posse da liberdade
Sonhada por nós, AGORA!

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